terça-feira, 28 de junho de 2011

Carta para o meu amado

É dificil olhar na janela e ver que você não chegará tão cedo.
Lá fora uma imensidão de árvores balançando com o vento do começo do inverno, as folhas já estão caindo no chão e há 3 meses atrás eu imaginei que você viesse antes que o inverno chegasse, e eu nem ao menos imagino o seu rosto para saber como seriamos nós dois na mesma foto, porém, mantenho o porta-retrato vazio na cabeçeira de minha cama à sua espera.
Já te imaginei de todas as formas, cores, descendências, imaginei até como seria o seu sobrenome e se ele combinaria com o meu nome. 
Dentro dos meus pensamentos fiquei tentando desvendar coisas sobre você e  dentre elas, se você deseja ter a mesma quantidade de filhos que eu e os amá-los como Deus deseja que façamos.
Imaginei se nossa vida será aqui, ou em um campo de guerra ajudando exércitos e falando do amor de Deus, ou se iremos viver aqui mesmo em nosso país, cada um servindo a Ele em sua própria profissão.

Vagando pelos meus pensamentos, imaginei viagens, belas viagens e belos lugares. Dias de sol, dias de chuva, dias de frio e muito vento. 
Nesses lugares eu via o nascer e o por-do-sol ao seu lado, mas tal imagem me surpreendia, porque não via esse momento nitidamente, mas sim pelo brilho dos teus olhos e fixada em teu olhar por um tempo em que o mundo rodou, o tempo passou, pessoas nos olhavam e para nós só haviamos eu e você em um mundo sem maldade e sem defeitos, onde nunca nos magoariamos e muito menos, nos separariamos. Sentindo de uma forma como se eu quisesse que aquele momento jamais se acabasse.

Engraçado, mas eu sinto como se já estivesse vivendo tudo, na esperança de que tanto você quanto estes momentos, em breve irão chegar. E eu vou me lembrar de quando escrevi isso e pensar que algo bom me motivou a acreditar e que valeu a pena sonhar.

Enfim, demore o tempo que for necessário, mas me faça notar os sinais quando enfim, você passar por mim.

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